segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Nosso Samba-enredo Não Chegou ao Fim.

"Se tu queres uma lembrança de mim pede-me agora pois vou partir e pode ser que por aqui não volte nunca mais. Se tu queres uma lembrança de mim pede depressa pra que eu te deixe o coração que no meu peito não se cansa de chorar. Eu, sim, quero uma lembrança de ti."

Acordo todos os dias te amando, sem fim nem limite. O amor chegou e fez morada e qualquer tipo de mudança seria drástica demais para o meu lado menina e sensível de ser. Porém eu não tenho a mínima vontade de não te amar. O fato de te expulsar de mim me deixa cada vez mais fraca quanto a faze-lo. Sem munições, eu deixo que fiques e te cries dentro de mim, até que resolvas voar e deixar o meu coração. Não será um ato de liberdade, ficará um vazio imenso. Não foi perda de tempo, foi amor. Nada além do que nos era permitido. Não prometi mais do que fiz, vez ou outra fiz mais do que prometi. Tentei te surpreender com as coisas boas, e acabava te surpreendendo mais com as coisas ruins. Esse meu jeito quieto e sem reações de ser. Nunca fiz festa por um presente teu, mas meu coração era escola de samba com a tua presença.
O carnaval está chegando e meu coração toca um chorinho, apenas um chorinho abandonado e fraco, fraco de dar dó. Dar dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Se deixasse que eu me aproximasse, se em quinze dias as coisas não tivessem mudado tanto, eu teria conseguido resgatar o samba-enredo do meu coração. Tu serias meu abre alas e eu te cantaria como ninguém.
Mas tu partistes, amor. Mais uma vez, como um pássaro solto, levastes meu sorriso. E quem disse que consigo copiá-lo, faze-lo igual sem que estejas perto de mim? Sorriso de amor é diferente de qualquer um.
Todas as noites, antes de dormir, beijo os teus olhos, tua testa, tua boca e te desejo bons sonhos, rainha do meu carnaval.

Um comentário:

John disse...

Comovente. Mesmo.