quinta-feira, 30 de julho de 2009

O mês do apavoro.

Julho termina e começa a me soar o nome, o complemento, e o que todo mundo diz pelas ruas. Tenho calafrios quando penso em agosto. É claro que não só por ser o mês do cachorro louco, ou o mês do desgosto (ai!, como me doem os desgostos!), mas pelo inferno-astral que vou enfrentar logo na próxima esquina.
Agosto nunca trouxe nada de bom consigo. Meu horóscopo nunca diz que vai ser uma fase espetacular, ou que eu vou encontrar uma mina de ouro (minha de minha mesmo, e não a minha de "mina de fé" do "mano sangue bom"), nem que vai surgir, num passe de mágicas, o que faltava na minha vida pra eus er feliz para sempre.
Não que eu esteja reclamando que falte algo nessa vida tão ótima-maravilhosa-invejável que eu tenho. É claro que não me falta nada. Nada além de ânimo, amor-próprio e até amor do próximo (e não ao póximo) que não é necessáriamente o próximo da fila, mas sim os outros, dos outros. Eu não sei mais escrever, fato.
Eu amo muito. Esse é o problema! Deus!, por que eu amo tanto? As vezes eu sento e penso: se eu não intensificasse tanto o sentimento, se eu não quisesse tão bem as pessoas, se eu não me apegasse, se não fosse tão arcaica, se eu desse uma de moderninha que "pega-e-não-se-apega" quem sabe, hem? Quem sabe o mundo não me trataria melhor?
Mas não, NÃO EU!, não comigo! Eu amo, eu tenho que amar. Porque quando eu nasci, Deus disse: desce, ama, se fode e quebra de ladinho.
Eu amo tanto, que eu borro todas as letras "A's" dos lugares. Eu amo tanto, que eu deixo meu sangue rosa bebê, de tanto bombear o coração, porque ele chega ao limite, e minha alma pede mais, mais mais. E eu finjo que não ouço o "menos, meno, men...", já baixinho, dele.

Além de amar demais, eu sou egoísta. Mas aí, essa coisa de ser egoísta, é comigo. Eu sou egoísta comigo. E a prova é eu maltratar meu coração. Pronto! Eu sou um monstro. O monstro do coração lindo e cansado.

Eu continuo sem conseguir escrever. E esse texto, esse mísero texto, é só um apelo pra que Deus me ajude a ultrapassar o mês do desgosto, do cachorro louco e o meu inferno astral com um pouco de paz. Só um pouquinho.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Intima-mente.

Eu deveria voltar a escrever sobre os meus amores doentios por pessoas que não existem e fantasmas que me assombram e se dizem boa gente. Eu deveria, mas eu ando cansada de criar as palavras que não me completam e amar as pessoas que me apunhalam, sempre levando um pedaço do meu infinito coração.