quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Complicado e Misturado. Sem Contexto e Com Erros.

Passa o tempo e nada rende. Meu ano se perdeu, as palavras se perderam, eu me perdi. Ando perdendo minhas partes por aí e isso vai além, perco o que conquistei, ou que pensei ter conquistado. Perco tudo. Anel, bolsa, carta. Te perdi. Perdi a esperança. Em ti em mim em nós e nos outros e no mundo e no universo.
Amei e amo afobadamente. E por assim amar, troco os pés pelas mãos. Os pulsos pelos tornozelos e fica essa coisa torta e torcida. Ando contorcida e trocada por dentro. Estômago no coração, coração no pé. Fiquei sem ele porque te dei. Tu sabes, eu sei. Esse buraco que ficou no peito, esse nó na garganta, esse embrulho na barriga que já não são mais as borboletas bobinhas batendo asas, mas sim alguma coisa que me sufoca, me agonia, me mata. E me matando não há nada. Nada além de mim. Tu vives em mim, mas eu me mato. Se estou morrendo e estás viva, como vai ser? Viverás em mim morta? Viverei a tua vida? Viverei pra ti? Morrerei e continuarei a te olhar de longe.
Esses teus olhos, a tua respiração. Minha terapia maior é te ouvir respirar. Te olhar andando, dormindo, sorrindo. O teu sorriso plet's, não existe nada igual. Nada se iguala ao que eu sinto quando eu te vejo. Minhas pernas não tem mais forças, mas eu ainda caminho quando te vejo. Em tua direção, na direção do amor que me leva e te leva de mim.
Eu sou arisca e tudo me assusta. Minha desconfiança, meu medo, a solidão, esse abandono que sempre acontece. Todo mundo desiste. E se todo mundo desiste de mim, eu também desisto. Não há mais porque continuar. Não vejo pra que continuar uma vida vazia.
Acabaram-se os planos, acabou a linha do tempo. Ficou passado, agora é presente (de grego) e o amanhã? O amanhã seria futuro que eu me deserdo dele. Não aceito meu futuro porque não o vejo. Não aceito mais nada palpável. Sonhos são invisíveis, mas eu não. Meus sonhos estão boiando num lago fundo e negro com bóias de corações, mas não me arrisco a pega-los. Não quero mais corações. Queria o teu. Quero o teu. Te preciso, te desejo, te peço e te procuro.
Minha desconfiança acaba com qualquer brilho. Minhas estrelas já não completam um céu, mas sim um chão. Não o mar. Um chão seco, que faz elas perderem as forças. E o único fio de brilho que ainda enxergo são os das lembranças do teu olhar. Como me dói te ver distante.
Não, tu não lês aqui. Eu não vou te indicar. Não preciso citar nomes. Se viesses a ler, saberias que falo de ti, coração. Meu coração. Minha afabilidade eterna. Meu amor maior do mundo que te direciono. Nossas vidas juntas que se afogaram quando eu me afoguei.
Eu só precisava de um pouco de atenção. De um colo, de uma mão. Se os tivesse, não te faltaria jamais. Não te falto, sou sempre aqui. Sempre tua, sempre pronta. Te bebo, te como, te amo.
Te amo, te amo, te amo. Gosto de mim. E te amo.

4 comentários:

Branca disse...

Desculpem os erros e repetições. Logo eu reviso e os "conserto".
Beijos.

aluah disse...

post triste, bianca...
queria poder fazer algo por ti :(
minha admiraçao por ti é grande

Alice disse...

Bianca, suas poesias são lindíssimas e você é muito talentosa!
Meus parabéns!
Um beijo,

Alice

Julia disse...

me fez chorar.